São muitos os aprendizados e experiências que movimentos como A Grande Renúncia deixaram para o mercado de trabalho. A escassez de profissionais, insumos e matérias primas provocaram um verdadeiro furacão em diversas séries de cadeias produtivas.
Esse efeito fez com que muitos serviços fossem afetados direta ou indiretamente em níveis de escala global e, como se já não fosse o bastante, todos os países do mundo de forma simultânea.
Toda essa sobrecarga imposta ao mercado de trabalho demandou uma resposta por parte das empresas, líderes empresariais como gestores, diretores e executivos que atuam em um modelo de trabalho mais arrojado, puderam perceber de forma precoce que a escassez de profissionais com habilidades técnicas adequadas era um problema iminente e que precisavam desenvolver uma solução ágil e audaciosa.
A parte fundamental é que a resposta desse problema envolve a necessidade de mudança, readaptação e, principalmente, inovação. Para então, ser possível reinventar o trabalho.
Por todos esses motivos, essa liderança, que pode até ser considerada pioneira no assunto, está indo além dos usuais arranjos de trabalhos flexíveis e partindo direto para a reconsideração da própria noção de trabalho como função do emprego e também de seus postos de trabalho. Isto é, a solução utilizada agora é a recombinação de habilidades e tarefas, de maneira contínua, para aqueles que estejam executando determinadas atividades de modo que possam ser impulsionadas pelo próprio trabalho, extraindo o máximo desempenho daquela atividade, em níveis qualitativos e quantitativos.
Com isso, espera-se que esse novo modelo organizacional crie uma tendência no mercado global. Essa ação será a responsável por dar o start no processo de evolução de todos os novos ambientes, que estarão sempre focados em entregar ecossistemas de trabalhos contínuos, sem atritos e, sobretudo, mais modulares.
Recombinando, como um quebra-cabeças
A ideia de recombinar as habilidades de acordo com as demandas torna o processo mais ágil, menos doloroso e até menos custoso do ponto de vista financeiro, uma vez que os funcionários não são mais separados e restritos aos seus próprios processos e funções. Esse tipo de restrição pode gerar um ambiente de menor integração e limitar as habilidades de um funcionário em apenas um setor, não agregando talentos de uma forma mais abrangente.
Dito isso, fica claro que agora é possível criar uma força de trabalho que seja mais adaptativa e capaz de atender a praticamente quaisquer tipos de demandas, apenas fazendo novas combinações e rearranjando seu time, suas equipes e líderes. Ao passo que mais empresas passam a adotar essa mesma estrutura, um novo modelo de trabalho passa a ser cada vez mais colocado em pauta e no foco dos gestores mundo afora, onde os trabalhadores possam fluir para aqueles projetos que atendam suas habilidades, conhecimento e interesses em diferentes organizações.
Ao fazer isso, podemos observar que há uma redução significativa no turnover dessas empresas, pois agora, o funcionário não será substituído quando determinado trabalho não puder ser delegado a ele. Pelo contrário, a melhor solução é tentar redirecionar aquele colaborador e realoca-lo onde faz mais sentido de acordo com seu perfil e suas habilidades, ao invés de requisitar uma nova contratação. Principalmente pelo nível de dificuldade que empresas de todos os setores sofrem hoje em relação a manter seu quadro de funcionários.
O avanço tecnológico veio para mitigar e mudar completamente esses fatos, em níveis de software e hardware. Com isso, hoje, tornou-se extremamente mais fácil para que estes talentos independentes possam acessar, através de plataformas, novos projetos, clientes, oportunidades e até mesmo outros colaboradores de sua categoria sem sequer sair de casa.
A questão agora é: quais são as principais e melhores ferramentas que os freelancers podem utilizar para atender suas necessidades diárias? Essa é sem dúvidas uma questão essencial para que seu trabalho possa ser executado com agilidade, organização, previsibilidade e, principalmente, qualidade. Para responder essa pergunta, vamos guiar durante este texto uma apresentação sobre quais são as melhores ferramentas do mercado para os freelancers em 2022.
E os gestores?
Entretanto, para fazer isso, é necessário que as empresas ajam de forma incisiva para com os seus gerentes a fim de evitar que eles possam agir de forma reativa, o que seria o caso em que o gestor faria a solicitação de substituição daquele empregado em detrimento de programar e projetar sua realocação. Porém, essa situação, aos poucos, está mudando, e a capacidade de atribuir novas tarefas, sem especificação de cargos ou posto de trabalhos, tem ganhado bastante espaço.
Além disso, muita das vezes, o que pode fazer mais sentido é agregar aos times profissionais freelancers, consultores e talentos independentes que poderão preencher com facilidade qualquer lacuna de habilidade específica. Essa opção inclusive não sobrecarrega ainda mais os trabalhadores que já estão envolvidos em diversas demandas. À medida que a oferta de talentos se torna cada vez menor, o que as empresas têm feito é utilizar essa mão de obra externa para atuar em projetos de curto e longo prazo, atuando em equipes 100% freelancers ou também fazendo o uso de equipes mistas.
Essa capacidade em aderir a esse tipo de mão de obra tem ganhado cada vez mais notoriedade, de acordo com um relatório de novembro de 2020 sobre as tendências da força de trabalho sob demanda, estima-se que aproximadamente 50% de 700 líderes empresariais dos Estados Unidos que foram pesquisados disseram que esperam que o uso de plataformas de talentos online cresça, de forma significativa, no futuro. Líderes talentosos precisam estar preparados para esse novo sistema operacional de trabalho.
Portanto, há alguns pontos relevantes que precisam ser citados nesse caso, como:
Entender quais são as habilidades humanas e digitais necessárias para o futuro
Isto é, como gestor, ter um bom entendimento de quais são realmente aquelas skills que no futuro deverão ter maior prioridade ou menor, quando estiver em pauta a avaliação de um colaborador existente ou um possível funcionário. Para nós, entendemos que as competências que serão mais valorizadas nos próximos anos são aquelas relacionadas à transformação digital, autogestão, capacidade de relacionamento com seus colegas de trabalho, boa comunicação, inteligência emocional e pensamento crítico.
Treinar os gerentes para trabalhar em um ciclo contínuo e rápido de melhorias
Essa é uma técnica de gestão de processos com foco na identificação de falhas nos processos, para então, descobrir as melhores soluções que serão responsáveis por erradicar esses problemas que impedem que determinado sistema opere com fluidez e velocidade. Logo, é importante criar métricas capazes de medir de forma quantitativa o quão eficiente está aquele processo e, então, usar esses dados para comparar com o resultado que seria considerado ideal.
Ao fazer isso é possível se preparar melhor para o atual nível de competitividade que existe dentro do universo corporativo. Por esse motivo, essa característica possui grande valia e tem despertado cada vez mais interesse por parte das organizações ao redor do mundo.
Criar mais consciência sobre diferentes opções de fontes de talentos
Um líder nato entende que, para encontrar um talento altamente qualificado, é necessário ampliar sua visão e considerar locais em que usualmente não são tão utilizados. Ou seja, considerar um filtro menos minucioso e estar aberto a analisar diferentes propostas.
Treinar os gerentes para serem capazes de liderar diferentes combinações de equipes, sejam elas part-time, full-time ou até mesmo contingente
Apesar de ter sido colocado por último, essa é sem dúvidas a principal característica que um líder que queira atuar no futuro tenha. Isso porque, os últimos anos têm nos mostrado que cada vez mais isso se tornará comum, o mix entre time interno e externo está sendo muito bem aceito, e grande parte do mercado tem visto essa configuração com bons olhos, uma vez que os resultados são positivos.
Colaboradores externos com vários clientes de uma só vez está se tornando cada vez mais comum, visto que os benefícios para quem atua dessa forma são extremamente vantajosos. Falamos um pouco mais sobre isso no texto: Por que os desenvolvedores seniores trabalham como freelancers?
E então, basicamente, essa é a linha de pensamentos que as empresas mais inovadoras do mercado estão utilizando para poderem reinventar o trabalho. Todo esse processo ainda é muito novo, as ideias estão surgindo ao mesmo tempo em que estão sendo implementadas, mas ainda é preciso aprender muito. Contudo, espera-se que melhorias contínuas possam ser feitas até que todos possam estar alinhados e atualizados a respeito deste novo sistema operacional de trabalho.
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Daniela Zschaber
Redatora, poliglota, letrista, graduanda em Ciência de Dados e apaixonada por tecnologia. Nas horas vagas sou profissional de Carinho em Gato e aprendiz da língua russa!