Ao longo da história, o mercado de trabalho passou por diversas mudanças que ditaram os rumos da economia e da sociedade. Mas como será o futuro do trabalho?
Assim como ocorreu em diversos momentos importantes, atualmente as mudanças são ditadas pelo ritmo de desenvolvimento da tecnologia e da ciência.
Estamos evoluindo em ritmo cada vez mais acelerado, de acordo com as mudanças de modelo de trabalho.
Uma dessas mudanças é a da flexibilidade nos ambientes de trabalho, seja em relação a jornada de trabalho ou relacionada a contratação de profissionais.
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A QUEBRA DO MODELO DE TRABALHO TRADICIONAL
O trabalho presencial, com horário 9h-18h e a concentração de trabalhadores qualificados nos grandes centros urbanos, não mudava desde o século 18, porém a pandemia da Covid-19 veio para mudar radicalmente o modelo de trabalho atual.
Em 2020, bilhões de trabalhadores espalhados pelo mundo foram obrigados a trabalhar remotamente de forma repentina, enquanto outros perderam seus empregos e tiveram de recomeçar, muitos em uma nova área ou empreendendo.
Pela primeira vez na história, quebramos um padrão que já durava centenas de anos: o trabalho presencial, com horário de entrada e saída, concentrado nos grandes centros urbanos.
Muitos trabalhadores decidiram se mudar para cidades menores, ou até mesmo, outros países, buscando maior qualidade de vida. A sensação de liberdade e o tempo útil ganho nos longos deslocamentos urbanos, foi tão significativo, que boa parte dos trabalhadores já não cogitam voltar para o trabalho presencial.
Esse modelo remoto também questionou o trabalho das 9h-18h. A flexibilidade nos ambientes de trabalho ganhou força e agora um novo modelo organizacional surgiu para suportar as rápidas mudanças tecnológicas e sociais que estão acontecendo.
A FLEXIBILIDADE QUE VÊM DOMINANDO A TECNOLOGIA
Após se depararem com a nova realidade imposta pela pandemia, profissionais e empresas tiveram que se adaptar a novas rotinas, organização e em alguns casos implementar diferentes metodologias como forma de continuar as operações a distância, em um cenário caótico e de incertezas.
Diante disso, algumas empresas mudaram completamente suas rotinas e modelos de trabalho, adotando regimes de trabalho remotos e passando a contar com freelancers como parte de sua força de trabalho, além de adotar horários flexíveis.
Enquanto isso, profissionais que experimentaram o trabalho remoto decidiram não continuar na mesma empresa ou aceitar novas propostas de trabalho caso não pudessem escolher de onde trabalhar, enquanto outros migraram para o regime PJ e passaram a trabalhar para mais de uma empresa em horários flexíveis, definidos por eles mesmos.
MUDANÇAS NA VISÃO DE CARREIRAS
Outra mudança drástica é na gestão de carreiras dos profissionais. A prática de entrar em um empresa como um profissional júnior ou mesmo um estagiário e evoluir com o tempo para um cargo sênior, fazendo a famosa “carreira corporativa” já não é algo tão comum como há alguns anos.
Da mesma forma, a visão de que uma empresa é “dona” ou “responsável” pela carreira do profissional também está sendo desmitificada.
Hoje, a visão dos profissionais está voltada para construir uma carreira própria em vários projetos ao invés de se dedicar exclusivamente a uma única empresa. Como dito pelo autor Luciano Santos no livro Seja egoísta com sua carreira: “Dê o seu sangue por sua carreira, não por um emprego e não por uma empresa. Se a sua carreira cresce, todo o resto vai bem.”
Com essa mudança de pensamento, muitos profissionais têm colocado sua carreira em primeiro lugar, o que resulta em movimentos como o The Great Resignation e também na escolha de trabalhar em vários projetos simultaneamente que sejam interessantes para suas carreiras.
A ADOÇÃO DE TIMES MISTOS
Com a quebra de antigos padrões no mercado de trabalho e com a possibilidade de trabalhar de qualquer lugar, e quando possível, em qualquer horário, abriu-se o leque de oportunidades de trabalho em uma esfera global, o que tornou ainda mais difícil, para países como o Brasil, de contratar bons profissionais nas áreas de tecnologia, design e marketing.
Com isso surgiu uma alternativa que vem sendo adotado por startups ao redor do mundo: a contratação de freelancers de longo prazo, formando times mistos que representam um novo modelo que promete acelerar o crescimento de negócios, em meio a uma escassez generalizada de talentos.
Esses times mistos são formados por profissionais internos full-time da empresa com profissionais freelancers part-time que trabalham por projeto.
Com a adoção desse modelo de times mistos, profissionais e empresas têm experimentado uma mudança de paradigma da gestão de profissionais. Através da tecnologia e metodologias ágeis, como o SCRUM e KANBAN, foi possível provar que o trabalho remoto e assíncrono e a integração de diferentes modelos de trabalho funcionam muito bem.
ONDE ENCONTRAR BONS PROFISSIONAIS?
Através de plataformas Open Talent, onde se contratam profissionais por hora, tendo a opção de escolher skills, nível de senioridade, tempo de trabalho diário e também tempo de contrato, é possível ter acesso a milhares de talentos que já atuam em grandes empresas, mas que buscam ter mais liberdade e velocidade de crescimento em sua carreira ao dedicar seu tempo livre em outros projetos.
Um ótimo exemplo é a Growyx, um marketplace de profissionais de tecnologia e marketing on-demand que te dá acessos a profissionais com as mais variadas skills e nível de senioridade, contratados no modelo pay per use.
Mas será esse o futuro do trabalho?
Será que estamos prontos para esse novo modelo de trabalho?
FUTURO DO TRABALHO
Com tudo isso em mente, o que podemos esperar do futuro do trabalho? Uma resposta ainda incerta para diversos especialistas mas já definida por empresas e profissionais que irão tomar a liderança do movimento de transição: o futuro é remoto e flexível!
A maior parte da comunicação será assíncrona, e o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal será maior, visando qualidade de vida como principal objetivo procurado por profissionais e empresas.
Profissionais terão maior controle sobre suas carreiras e tomarão decisões pautadas em sua satisfação profissional.
Muitos trabalharão exclusivamente on-demand, atuando em vários projetos, outros atuarão em tempo integral em um empresa que representa seus valores pessoais e profissionais e no seu tempo livre trabalharão em projetos de seu interesse, visando realização e crescimento profissional.
Além disso, o empoderamento de líderes a seus subordinados será imprescindível para que o trabalho remoto e assíncrono funcione, uma vez que não é possível acompanhar em tempo real tudo o que é feito, a autonomia é fundamental não só para o bom funcionamento das operações, mas também para o desenvolvimento dos profissionais.
CONCLUSÃO
Mudanças são inevitáveis, e por mais difíceis que as transições e adaptações possam ser, elas vem acompanhadas de benefícios e oportunidades para empresas que lideram a inovação no seu mercado.
O trabalho remoto e flexibilização, vieram para ficar e se tornar a principal escolha dos profissionais. Da mesma forma, as empresas que melhor implementarem uma estrutura remota e flexibilidade em suas operações terão acesso a profissionais de alto nível ao mesmo tempo em que podem crescer sem barreiras geográficas e ainda manter o seu quadro de funcionários fixos enxuto.
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Caio Figueiredo
Analista de Growth Marketing aqui na Growyx.Nas horas vagas, músico, viciado em tecnologia e vídeo games.
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